O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou hoje que vai revogar o decreto de 2017 que proibia o governo federal de financiar o translado de corpos de brasileiros mortos no exterior e que custeará o retorno dos restos mortais de Juliana Marins, de 26 anos, publicitária natural de Niterói, que morreu após cair de cerca de 300 metros em uma trilha no vulcão Rinjani, na Indonésia .
Translado autorizado
• Lula informou, por telefone, ao pai da vítima, Manoel Marins, que determinou ao Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) que preste “todo apoio à família, que inclui o translado do corpo até o Brasil” .
• O presidente afirmou que irá revogar o Decreto nº 9.199/2017 e criar uma nova norma para permitir a repatriação custeada pelo governo .
O que dizia a regra anterior
Até ontem, o Itamaraty comunicava que não podia arcar com os custos, pois o decreto regulamentava que a assistência consular “não compreende o custeio de despesas com sepultamento e traslado de corpos de nacionais falecidos no exterior” . Por conta disso, qualquer ajuda precisaria ser bancada pela família ou por terceiros, como a prefeitura de Niterói ou doações públicas .
O caso de Juliana Marins
• Natural de Niterói (RJ), Juliana estava em um mochilão pela Ásia desde fevereiro, com passagens por Filipinas, Tailândia e Vietnã .
• Ela caiu durante uma trilha no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, e permaneceu presa em um penhasco até ser encontrada morta pelas equipes de resgate indonésias no dia 24 de junho .
Reações e desdobramentos
• A Prefeitura de Niterói e o ex-jogador Alexandre Pato já tinham se oferecido para custear o translado da jovem .
• A família, que acompanhava as buscas desde 21 de junho, relatou dificuldades logísticas e emocionais — Juliana foi localizada apenas por drones após quatro dias .
Consequências políticas
A atitude de Lula representa uma decisão polêmica: descumprir uma norma vigente para atender um caso de alta repercussão pública e empatia nacional. Ao mesmo tempo, politicamente, o gesto fortalece vinculações emocionais com as bases do PT, reforçando a imagem de liderança próxima do povo.
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