Estava lendo o livro de Marcos e fiquei pensado no que Jesus falou ao jovem rico que foi perguntar a Ele o que poderia fazer para herdar a vida eterna (Marcos 10:17).
Depois de sugerir ao jovem que cumprisse os mandamentos, o jovem rico respondeu a Jesus que já fazia essas coisas desde a sua juventude.
Então, Jesus disse a ele: “Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e terás um tesouro no céu”. Marcos 10:21b.
Marcos conta que o jovem rico fica contrariado e vai embora triste, porque ele era dono de muitas propriedades. Aí, lemos a celebre frase de Jesus, que muitos de nós gostamos de usar e só ontem fiquei pensando nela: “Então, Jesus, olhando ao redor, disse aos seus discípulos: Quão dificilmente entrarão no reino de Deus os que têm riquezas! É mais fácilpassar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus.” Marcos 10: 23;25
Esquecendo um pouco se o “camelo” era o animal mesmo ou uma corda, se o “fundo de uma agulha” era mesmo a agulha ou uma portinhola onde passava os pedestres, a questão principal aqui é a dificuldade de se abrir mão da riqueza, de todo o poder e conforto que ela dá para aprender a confiar em Deus, em todas as circunstâncias.
Ora, sou uma pessoa que amo comodidades. Se eu tiver como fazer algo sem precisar de sofrimento, sacrifícios, pode ter certeza que vou escolher esse caminho. No entanto, vamos ser sinceros e pensar o quão deve ter sido difícil para aquele jovem, que já buscava obedecer a Deus com o que ele conhecia em sua época, vir-se desafiado a enxergar que, talvez, ele não estivesse cumprindo tudo que o mandamento lhe impunha: amar a Deus sobre todas as coisas. Ele era apegado a sua riqueza, logo, Deus não era exatamente quem ele amava mais. E não estava seguro que podia confiar que Deus pudesse suprir suas necessidades caso ele não tivesse mais suas riquezas, as mesmas que lhe davam os confortos e segurança para aquela época.
Se olharmos bem para essa passagem podemos nos questionar: Teríamos feito diferente dele? Hoje mesmo, confiamos em Deus para resolvermos nossos problemas o suficiente ou confiamos mais em nossos conhecimentos, amizades, e, pra quem tem, em nossas posses? É sobre isso que Jesus está falando, sobre confiar em Deus, e não na sua própria força. Para o jovem rico, como para muitos hoje em dia, a riqueza traz segurança, poder e comodidades. Abriríamos mão do que conhecemos e nos lançaria ao desconhecido, que não é tão desconhecido para nós, e confiaríamos ao ponto de não nos desesperar quando tudo ao nosso redor diz que não vai dar certo? Confiamos em Deus na doença? Na cura ou mesmo na não cura de uma doença, sabendo que o que teremos depois, a eternidade com Cristo, é muito melhor do que temos e conhecemos agora? Porque, sejamos sinceros, Jesus não disse que teríamos sombra e água fresca caso decidíssemos segui-lo. Aliás, Ele deixa bem claro que é o contrário! Mas garante que estaríamos com Ele “e, no mundo por vir, a vida eterna.” (Marcos 10:30b).
Hoje, sabendo tudo o que conhecemos sobre Cristo, sua morte e ressurreição, o quanto Ele é poderoso e a alegria da salvação, ainda fazemos como o jovem rico, e ficamos tristes por ter que abrir mão de certas coisas, gostos, vícios, nosso eu, para seguir a Ele, fazer o que nos pede: Confiar Nele.
Convido a você, e a mim mesma, a confiar em Deus, em todas as áreas de nossa vida: trabalho, vida sentimental, saúde, emprego, filhos, casamento, etc. Confiar que Deus fará conforme a sua agradável, boa e perfeita vontade.
Conhecemos Cristo, sabemos que Ele é poderoso para fazer muito mais do que pedimos ou pensamos. Logo, não podemos ser medrosos e duvidar de seus cuidados, e por em risco a nossa eternidade com Ele.
Seja corajoso, confie em Deus toda a sua vida. Eu estarei fazendo o mesmo.
Essa semana, vamos nos desafiar a por tudo diante Dele e confiar que, enquanto fazemos nossa parte (confiar), Deus estará respondendo à essa confiança conforme sua vontade e seremos agradecidos a Ele por isso.
Fica bem. Fica firme. Fica vivo.
