O presidente russo, Vladimir Putin, emitiu um alerta direto aos Estados Unidos, revisando a doutrina nuclear russa, poucos dias após relatos de que o governo Biden permitiu que a Ucrânia utilizasse mísseis americanos contra alvos no território russo.
A doutrina revisada, intitulada “Os fundamentos da política estatal no campo da dissuasão nuclear”, especifica ameaças que justificariam o uso de armas nucleares pelo maior arsenal do mundo.
Conforme a nova política, a Rússia considera a possibilidade de um ataque nuclear em resposta a:
• Agressões a si mesma ou à Bielorrússia com armas convencionais que ameacem sua soberania ou integridade territorial.
• Ataques conjuntos realizados por coalizões militares que envolvam armas nucleares e convencionais.
Mudanças Estratégicas
Diferente da doutrina de 2020, que limitava a retaliação nuclear a ataques diretos ao território russo ou à sua existência, a nova versão abrange ataques por coalizões e inclui:
• Assaltos massivos com aeronaves, drones e mísseis que cruzem fronteiras russas.
• Agressões convencionais apoiadas por potências nucleares.
Essas mudanças visam reforçar a dissuasão, deixando claro que qualquer ataque resultará em retaliação inevitável.
Contexto Global
A guerra na Ucrânia, que alcançou 1.000 dias recentemente, intensificou o confronto entre Rússia e Ocidente, comparável à Crise dos Mísseis de 1962. Especialistas destacam o uso de mísseis americanos na Ucrânia como um agravante crítico.
Analistas afirmam que Putin usa essas alterações na doutrina para demarcar limites para o Ocidente, especialmente com a crescente participação de infraestrutura e pessoal da OTAN no conflito.
Preocupações com o Futuro
O possível envolvimento de outros países em ações militares representa um aumento nas chances de escalada nuclear. Relatos sugerem que a Rússia também intensificou a produção de abrigos antinucleares, sinalizando preparação para cenários extremos.
Links Externos Relacionados:
1. Revisão da Doutrina Nuclear Russa – Reuters