A ameaça de uma Terceira Guerra Mundial pode já estar tomando forma, segundo especialistas em segurança militar. O conflito na Ucrânia, que continua a se intensificar, seria apenas uma peça de um cenário global mais amplo de confrontos geopolíticos.
De acordo com analistas, esta nova guerra mundial não tem a aparência clássica de batalhas apocalípticas imaginadas em filmes de Hollywood. Mark Toth, especialista em segurança nacional, e o coronel Jonathan Sweet, ex-oficial de inteligência dos EUA, descrevem este conflito como uma guerra multifacetada, conduzida em múltiplas regiões e utilizando diversos recursos estratégicos.
Toth afirma: “Este conflito não envolve cogumelos nucleares ou cenários pós-apocalípticos, mas sim uma guerra de mil cortes, que abrange múltiplos domínios de combate.” Enquanto isso, a Ucrânia continua sendo o epicentro do confronto direto, enfrentando ataques frequentes e incursões militares russas.
O presidente russo Vladimir Putin tem aumentado as tensões, apresentando novos armamentos, como mísseis hipersônicos, e revisando a doutrina nuclear do país. Esses movimentos são vistos como um aumento significativo no grau de ameaça, enquanto o Oriente Médio lida com a escalada entre Israel e Hamas, e a região do Indo-Pacífico observa a China intensificar sua postura em relação a Taiwan e Filipinas.
Além disso, o orçamento de defesa da Rússia para 2025 alcançou um recorde de 13,5 trilhões de rublos (cerca de US$ 145 bilhões), com 32,5% destinados à segurança nacional. Este aumento reflete os esforços de Moscou para manter o ritmo no conflito com a Ucrânia, enquanto fortalece alianças com potências como Coreia do Norte e Irã.
O Chefe da Força Aérea do Reino Unido, Sir Richard Knighton, alerta para a perda de vantagem estratégica do Ocidente. Segundo ele, a evolução tecnológica e militar de grandes potências como Rússia e China sinaliza um retorno à competição entre grandes poderes, reduzindo a supremacia aérea ocidental.
Apesar do cenário alarmante, analistas como Adeline Van Houtte destacam que a probabilidade de uma escalada nuclear permanece baixa. “Ataques cibernéticos e campanhas de desinformação da Rússia são ferramentas de intimidação, mais do que prenúncios de uma guerra aberta”, comenta Van Houtte, reforçando a necessidade de medidas efetivas de dissuasão.
Embora o risco de conflitos globais esteja crescendo, especialistas enfatizam a importância de ações preventivas para evitar uma escalada total. A complexidade do cenário geopolítico atual exige atenção constante para mitigar os efeitos de um confronto global iminente.