O governo do ex-presidente Donald Trump deportou centenas de imigrantes para El Salvador mesmo após um juiz federal emitir uma ordem temporária bloqueando as remoções, segundo autoridades no domingo. No momento da decisão, voos com deportados já estavam no ar.
O juiz distrital dos EUA, James E. Boasberg, ordenou no sábado a suspensão temporária das deportações. No entanto, advogados informaram que dois aviões já haviam decolado — um rumo a El Salvador e outro para Honduras. Apesar de Boasberg ter ordenado verbalmente que os aviões retornassem, a diretriz não foi incluída em sua decisão por escrito, e as aeronaves aparentemente seguiram viagem.
A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, negou que a administração tenha desrespeitado a decisão judicial. “O governo não se recusou a cumprir uma ordem judicial. A decisão, sem base legal, foi emitida depois que terroristas TdA já haviam sido removidos do território dos EUA”, afirmou em comunicado no domingo.
A sigla “TdA” faz referência à gangue Tren de Aragua, que Trump mencionou em sua polêmica proclamação no sábado.
Em um documento protocolado no domingo, o Departamento de Justiça, que recorreu da decisão de Boasberg, garantiu que não usaria a proclamação bloqueada para novas deportações enquanto a decisão não fosse revertida.
Questionado sobre o possível descumprimento da ordem judicial, Trump evitou responder diretamente ao falar com repórteres a bordo do Air Force One no domingo à noite.
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