As remessas enviadas dos Estados Unidos para o México, estimadas em US$ 65 bilhões em 2024, são a maior fonte de moeda estrangeira do país. No entanto, o retorno de Donald Trump ao cargo presidencial pode colocar essa importante fonte de renda em risco, segundo analistas.
Com a posse de Trump marcada para janeiro, as relações entre os EUA e o México, que também está sob nova liderança com a presidente Claudia Sheinbaum, prometem ser desafiadoras. Além das tarifas comerciais que Trump sugeriu impor ao México, outro ponto crítico é o plano de deportação em massa de imigrantes, que poderia levar o México a uma recessão.
Preocupações com as Remessas
Em uma coletiva de imprensa recente, Sheinbaum abordou as preocupações em relação às remessas enviadas por mexicanos que vivem nos Estados Unidos. Ela afirmou:
“Esperamos que não haja impacto [nas remessas], e estamos nos preparando para reuniões preliminares. Também estamos trabalhando em questões relacionadas às relações econômicas, migração, segurança e outros assuntos de alto nível que precisamos abordar, se possível, antes da posse do presidente Trump.”
Especialistas alertam que as deportações podem afetar significativamente essa fonte crucial de renda, já que cerca de metade dos 11 milhões de imigrantes indocumentados nos EUA são de origem mexicana.
Apoio aos Migrantes
Sheinbaum também encorajou os cidadãos mexicanos nos EUA a buscarem apoio nos consulados locais, especialmente após a nomeação de figuras como Tom Homan, ex-chefe do ICE (Imigração e Fiscalização Aduaneira), que indicou a possibilidade de implementar políticas rigorosas, incluindo deportações voluntárias e operações em locais de trabalho.
Enquanto isso, Sheinbaum e seu Ministro das Relações Exteriores, Juan Ramon de la Fuente, destacaram o compromisso de sua administração em adotar uma abordagem humanitária para a migração. Ela afirmou que deseja não apenas conter a migração no sul, mas também promover a criação de empregos no México.
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