Monday, December 23, 2024
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STF, Moraes e os Injustiçados de 8 de Janeiro

O fatídico dia 8 de janeiro marcou um evento controverso na história recente do Brasil. Naquele momento, poucos ainda permaneciam acampados em Brasília, pois o movimento já estava praticamente desmobilizado.

Após as festas de fim de ano, muitos mantinham uma última esperança de que algo pudesse mudar. Grande parte da população não aceitou o resultado das eleições, aguardando até mesmo uma resposta do exército em relação ao relatório final sobre as urnas eletrônicas – uma expectativa que acabou frustrada.

Naquele dia, um grupo de pessoas se dirigiu à Praça dos Três Poderes. A direita, historicamente pacífica, já havia demonstrado sua conduta ordeira em eventos como o 7 de setembro, que reuniu milhares de pessoas sem qualquer dano ao patrimônio público. No entanto, naquela ocasião, parte dos manifestantes foi empurrada pela emoção ou pela ingenuidade e acabou seguindo líderes que os direcionaram para o conflito.

Há evidências de que infiltrados, possivelmente plantados por grupos contrários, participaram dos atos de vandalismo. Em diversos vídeos, é possível ouvir manifestantes criticando quem estava destruindo o patrimônio público. Alguns já pareciam estar dentro dos prédios antes mesmo da chegada da multidão. Apesar de uma CPI ter concluído que o planejamento dos atos não foi realizado pelos manifestantes pacíficos, muitos foram presos e condenados de maneira severa.

O mais preocupante é que o monitoramento da segurança estava sob a responsabilidade de Flávio Dino, atual ministro do STF, que, segundo acusações, teria mandado apagar provas que poderiam esclarecer os fatos. Além disso, as condenações foram feitas diretamente pelo Supremo Tribunal Federal, quando, na realidade, deveriam ter ocorrido na primeira instância, já que os envolvidos não possuem foro privilegiado.

As penas, que chegam a até 17 anos, são vistas por muitos como excessivas. O STF tem sido criticado por sua parcialidade, com acusações de que age em favor do governo atual. O ministro Alexandre de Moraes tem sido apontado como o principal articulador dessas decisões, enquanto outros membros do tribunal, como Gilmar Mendes, já demonstraram alinhamento com o Executivo.

Embora criminosos comprovados estivessem entre os presos, também havia vítimas. Pessoas que não estavam ali para destruir, mas que foram arrastadas pelas circunstâncias. A justiça brasileira, que deveria ser cega, parece ter aberto os olhos para favorecer um lado, ignorando o equilíbrio necessário para garantir a imparcialidade.

Por fim, fica o questionamento: até quando justiceiros terão espaço para praticar injustiças? A história ensina que a justiça, quando aplicada de forma parcial, pode voltar-se contra aqueles que a manipulam. Como dito por Flávio Bolsonaro, os que hoje negam anistia talvez precisem dela no futuro. Afinal, a verdadeira justiça, cedo ou tarde, prevalecerá.

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Ebenezer Saint
Ebenezer Saint
Ebenezer Saint é escritor, músico, contador e pastor, reconhecido por sua habilidade em unir criatividade, espiritualidade e conhecimento técnico, impactando vidas com seu talento artístico e liderança inspiradora
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