A britânica The Economist publicou neste fim de semana uma análise contundente sobre o governo Lula: segundo a revista, o presidente adota uma postura externa ‘incoerente’, afastando-se das democracias ocidentais, e convive em casa com uma popularidade em queda.
Política externa “incoerente”
• O texto critica a posição do Brasil em 22 de junho, quando o Itamaraty condenou ataques de EUA e Israel ao Irã, chamando‑os de “violação da soberania”, em contraste com outras democracias que apoiaram ou se limitaram a expressar preocupação .
• Ao se aproximar de países como China, Rússia e Irã no bloco do BRICS, o país passa “a parecer cada vez mais hostil ao Ocidente” .
• Lula não se encontrou pessoalmente com o presidente dos EUA, enquanto se reuniu com Xi Jinping duas vezes e esteve em Moscou para celebrar os 80 anos da Vitória na II Guerra Mundial — tentativa de mediar a guerra na Ucrânia, sem sucesso .
Popularidade em queda
• Dentro do país, a revista afirma que a aprovação de Lula despencou: segundo pesquisa Genial/Quaest, a rejeição chegou a 57% no início deste mês — a taxa mais alta de seu terceiro mandato .
• A revista também destaca a humilhante invalidação de um decreto presidencial pelo Congresso, em movimento inédito desde 1992, e que evidencia a fraqueza do governo perante o Legislativo .
Consequências políticas
• A Economist aponta que, num país “inclinado à direita”, o PT carrega o estigma da corrupção e Lula já enfrenta, nas próximas eleições de 2026, uma direita unida em torno de um sucessor de Bolsonaro — que, segundo a revista, “provavelmente será preso em breve” .
• O desequilíbrio entre imagem internacional e fragilidade doméstica reforça a crítica: Lula está “fingindo ter influência”, quando deveria focar mais em questões internas relevantes .
