O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou hoje que tomará uma decisão definitiva “nas próximas duas semanas” sobre a possibilidade de envolver os EUA diretamente no conflito entre Israel e Irã. A expectativa por essa decisão aumenta as tensões globais, mas Trump sinalizou que ainda há espaço para uma última tentativa diplomática .
Panorama do conflito
1. Escalada militar
• Irã lançou centenas de mísseis e drones contra áreas israelenses, incluindo um ataque ao hospital Soroka, em Beersheba, deixando pelo menos 65 feridos .
• Israel respondeu com ataques a instalações nucleares iranianas, como Arak, Natanz e Bushehr, e também abalroou alvos militares subterráneos, além de neutralizar lançadores de mísseis .
2. Postura dos EUA
• Trump elogiou as ações israelenses como “excelentes e muito bem‑sucedidas”, deixou claro que os EUA interceptaram mísseis iranianos com apoio logístico e enviaram reforços militares — incluindo destróieres e porta‑aviões — ao Oriente Médio .
• Declarou que exigirá “rendição incondicional” do Irã ou então as forças americanas poderão intervir com grande força, inclusive com bombas de perfuração de bunkers contra instalações como Fordow .
3. Diplomacia ainda em jogo
• Apesar da retórica agressiva, Trump sugeriu que ainda considera negociões diplomáticas, apontando para um possível encontro em Genebra com os representantes do Irã e fazendo eco à iniciativa do “formato E3” (Reino Unido, França e Alemanha) .
• Karoline Leavitt, porta-voz da Casa Branca, mencionou que ainda há uma janela de oportunidade — Trump poderia decidir a favor de ações militares ou por apoiar diplomacia nas próximas semanas .
4. Reações e riscos globais
• O Reino Unido e a Alemanha pedem calma e priorização da diplomacia .
• China e Rússia também pressionam por contenção, enquanto protestos surgem em Londres e outras capitais .
• Em Washington, há divisão: 57 % dos americanos apoiam ações contra o Irã, mas líderes conservadores e ex‑conselheiros alertam para o perigo de intervenção .
Próximos passos
• Trump tem um prazo de duas semanas (até 3 de julho de 2025) para anunciar se os EUA entram na guerra, e destacou que tal decisão dependerá do progresso (ou fracasso) de negociações com o Irã .
• Uma possível ofensiva americana deve priorizar alvos como o complexo Fordow, com uso de munições penetração profunda para destruir infraestruturas nucleares.
• Paralelamente, diplomatas serão reunidos, e a possibilidade de mediação por atores como a Rússia — mencionada por Trump — está ainda em avaliação .
Trump mantém a tensão no fio da navalha — mesmo com tom belicoso, ele resiste à ideia de ataque imediato. A decisão definitiva sobre o envolvimento dos EUA deve ser revelada até o início de julho, mas, até lá, o mundo segue em estado de alerta.
