Em uma decisão que movimentou as redes sociais e gerou um intenso debate sobre liberdade de expressão e respeito à honra, o youtuber e podcaster Monark foi condenado a um ano de prisão por comentários considerados ofensivos contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino.
O influenciador digital teria se referido ao ministro como “Gordola” em uma transmissão ao vivo, gerando repercussão negativa e uma ação judicial por danos morais.
Monark, conhecido por seu estilo provocativo e opiniões controversas, declarou que o comentário foi feito em tom de brincadeira, sem a intenção de ofender o ministro. No entanto, a acusação alegou que o termo utilizado constituía uma ofensa direta à dignidade do ministro e um desrespeito à sua posição pública. A condenação marca um dos primeiros casos no país em que uma figura pública é punida judicialmente por comentários ofensivos a uma autoridade de alto escalão.
A defesa de Monark planeja recorrer da decisão, argumentando que o influenciador estava exercendo seu direito à liberdade de expressão e que o comentário não pretendia causar dano pessoal. Entretanto, a decisão foi vista por muitos como um reforço ao respeito e à responsabilidade nas comunicações públicas, principalmente ao tratar de figuras do Judiciário e de outras instituições.
Caso o recurso seja negado, Monark poderá cumprir a pena em regime aberto, com alternativas como serviços comunitários e pagamento de multa.
A condenação gerou reações polarizadas. Organizações de combate ao preconceito e defensores de uma comunicação pública mais respeitosa elogiaram a decisão, classificando-a como um marco importante na defesa da dignidade humana. Por outro lado, muitos críticos apontam que a medida pode representar uma ameaça à liberdade de expressão, especialmente no contexto das redes sociais.