Um menino de 8 anos do condado de Volusia, na Flórida, faleceu na tarde de segunda-feira após ser brutalmente atacado por dois cães, enquanto sua mãe, aos gritos, tentava arrancá-lo das mandíbulas dos animais, disseram as autoridades.
O xerife Mike Chitwood, visivelmente abalado, informou que Michael Millett estava andando de bicicleta com amigos na entrada de um loteamento ao norte de DeLand quando viu dois cães soltos e se aproximou para acariciá-los.
Os animais – um pitbull e um cão de raça mista – começaram a atacar Millett, infligindo 12 feridas de mordida e lesões que Chitwood descreveu como “simplesmente horríveis”.
“Em todos os meus anos de policiamento, ouvir aquela ligação para o 911 e ouvir a mãe de Michael ao fundo, colocando-se em cima dele para deter o ataque, gritando ‘alguém me ajude, meu filho não está respirando!’, atinge o âmago de quem somos como seres humanos”, disse ele.
Millett, disse Chitwood em uma entrevista coletiva na terça-feira, sofreu uma fratura no pescoço e na perna durante o ataque.
A tutora dos animais, a criminosa reincidente Amanda Bailey Franco, ainda se recusou a autorizar a eutanásia.
Equipes de emergência foram chamadas ao local às 17h e tentaram desesperadamente administrar RCP, mas Millett faleceu enquanto sua mãe lamentava a perda.
A mãe viu o ataque em andamento e mergulhou sobre o filho, com os cães ainda pairando ameaçadoramente por perto, acrescentou Chitwood.
Testemunhas gritaram para que ela fugisse da área devido à ameaça representada pelos cães, mas ela se recusou a se afastar do menino até que as equipes de emergência chegassem.
“Eu simplesmente não consigo imaginar uma mãe lá fora vendo o resultado final”, disse Chitwood. “Ele não teve chance. Ele nunca teve uma chance.”
A tutora dos cães não estava presente no momento do incidente.
“Vamos fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para garantir que esses animais sejam destruídos e que ela seja acusada”, disse ele.
Chitwood relatou que Franco tem condenações anteriores que variam de agressão com arma letal a inúmeras acusações de drogas.
Policiais que chegaram ao local perseguiram e capturaram os dois cães, que permanecem em quarentena.
Os investigadores descobriram que eles eram rotineiramente deixados soltos na área e “aterrorizavam” os moradores há algum tempo.
Alguns moradores relataram que os animais eram conhecidos por matar galinhas.
“Isso não aconteceu no vácuo”, disse ele.
As autoridades pediram aos moradores que não se aproximassem de cães vadios ou soltos, por mais calmos que pareçam.
“Esta é uma tragédia além da compreensão, especialmente para aqueles de nós que somos pais e avós”, disse Chitwood na noite de segunda-feira. “Só posso pedir à nossa comunidade que faça uma oração de força para esta família e a mantenha em seus corações enquanto eles enfrentam o seu pior pesadelo.”