O Centro Nacional de Furacões (NHC) está monitorando uma área de distúrbio climático a centenas de milhas a oeste das Ilhas de Cabo Verde, que está rapidamente se formando para se tornar a próxima tempestade, nomeada Furacão Nadine pelos meteorologistas.
Os meteorologistas ainda estão rastreando o caminho de Nadine, que pode atingir o Estado da Flórida nos próximos 10 dias ou se desviar para o México e a América Central. Até terça-feira, Nadine tinha 60% de chance de se fortalecer em uma depressão tropical na próxima semana.
Esta notícia segue de perto os furacões Helene e Milton, que recentemente causaram estragos na costa sudeste com inundações pesadas e tornados, desde a Flórida até a Carolina do Norte.
• Furacão Milton: 21 imagens impressionantes revelam a devastação da tempestade enquanto a Flórida começa a se recuperar.
• Furacão Milton provoca vigilância policial contra saques enquanto os residentes fogem à medida que a tempestade de Categoria 5 se aproxima.A tempestade, inicialmente classificada como um distúrbio e conhecida como “Invest 94L”, foi reclassificada como depressão tropical pelo NHC depois que seus ventos de superfície atingiram 38 milhas por hora.
À medida que se move em direção a águas mais quentes, a depressão pode trazer chuvas e tempestades destrutivas, levando a inundações severas. Ventos de até 74 milhas por hora podem intensificá-la em um furacão.
Terrenos montanhosos podem dificultar o crescimento da tempestade enquanto ela cruza as Ilhas Virgens. O meteorologista da AccuWeather, Alex DaSilva, disse ao DailyMail.com que “há uma baixa chance de impacto direto nos EUA, pois há um cisalhamento de vento que pode nos proteger”.
O cisalhamento de vento envolve ventos fortes em níveis superiores que podem retirar calor e umidade do olho de um furacão, distorcendo sua forma e, efetivamente, desmantelando-o.
Se a tempestade se intensificar, DaSilva sugeriu que isso provavelmente não ocorreria até 17 ou 18 de outubro, com o caminho permanecendo incerto até lá. “Não acho que ela nos atingirá”, disse DaSilva, acrescentando que “ou será empurrada para o mar ou não restará nada quando alcançar os EUA”.
No entanto, a tempestade ainda está bastante distante, e se afetar os EUA, isso não ocorrerá antes de 10 dias, “então as coisas ainda podem mudar”, observou DaSilva.
A força da tempestade depende de quanto tempo ela permanecerá sobre a água, o que poderia permitir que ela se desenvolvesse em um furacão.
“Uma possibilidade seria o sistema seguir para o oeste, rumo à América Central e ao sul do México, enquanto outra, infelizmente, vai em direção à Flórida”, afirmou DaSilva em um relatório da AccuWeather.
Se a depressão tropical se mover em direção à América Central, ela não terá muito tempo para se fortalecer. No entanto, se seu caminho mudar para o norte em direção ao Golfo do México, pode encontrar condições favoráveis ao crescimento.
“Não só as águas estão muito quentes nessa área—bem acima dos 80ºF na superfície—mas o conteúdo de calor oceânico no oeste do Caribe está em níveis recordes para qualquer época do ano”, disse DaSilva no relatório.
Este ano já registrou um número acima da média de furacões para meados de outubro, com quatro grandes, incluindo Beryl, Helene, Kirk e Milton, atingindo os EUA.
