Meteorologistas estão acompanhando uma nova área com potencial de desenvolvimento tropical no Caribe Ocidental, apenas alguns dias após o furacão Milton ter devastado a Flórida.
Milton atingiu a costa na quarta-feira como um furacão de categoria 3 perto de Siesta Key, na costa oeste da Flórida. Isso ocorreu apenas duas semanas depois que o furacão Helene atingiu a região de Big Bend, causando danos catastróficos no sudeste dos Estados Unidos.
No início desta semana, meteorologistas do Centro Nacional de Furacões (NHC) estavam monitorando uma perturbação perto de Bermuda, que já se dissipou. Outra perturbação próxima à costa oeste da África agora tem 50% de chance de se desenvolver nos próximos sete dias.
Ainda não está claro se a perturbação no Atlântico continuará a se intensificar e se transformará em uma tempestade tropical. Meteorologistas da AccuWeather também estão monitorando um giroscópio—ou um grande sistema de correntes oceânicas rotativas—que pode se intensificar em uma tempestade mais forte no Caribe Ocidental até o final da próxima semana. O NHC ainda não começou a rastrear essa área em seu site.
“Esperamos que outro giroscópio comece a se formar sobre a América Central no final da próxima semana”, disse Alex DaSilva, principal especialista em furacões da AccuWeather, no relatório da quinta-feira sobre a potencial tempestade. “A partir dessa grande área de baixa pressão em rotação lenta, uma área mais distinta de chuvas e trovoadas pode se formar, e a partir disso, uma depressão tropical ou tempestade tropical pode evoluir.”
O meteorologista sênior da AccuWeather, Matt Benz, disse ao Newsweek que, se a tempestade se desenvolver, isso não ocorrerá antes de 17 a 19 de outubro. Nesse ponto, os meteorologistas terão uma ideia melhor sobre o possível trajeto da tempestade. No entanto, se ela se formar, provavelmente seguirá um de dois caminhos.
“Uma possibilidade seria o sistema se mover para o oeste, em direção à América Central e ao sul do México, e a outra é, infelizmente, em direção à Flórida”, disse DaSilva no relatório da AccuWeather.
É improvável que a tempestade tenha como alvo o Texas, dada a presença de ventos perturbadores nessa área durante essa época do ano.
DaSilva citou as temperaturas muito quentes do oceano como um fator preocupante que pode contribuir para o desenvolvimento de uma tempestade tropical no Caribe Ocidental. A água igualmente quente contribuiu para o rápido fortalecimento dos furacões Helene e Milton, disse Benz.
