O presidente russo Vladimir Putin não viajará ao próximo encontro dos BRICS no Brasil, marcado para 6 e 7 de julho, em razão de uma ordem de prisão emitida pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) em março de 2023. Ele será representado pelo chanceler Sergei Lavrov e participará apenas por videoconferência .
Por que existe risco de prisão?
• O TPI acusa Putin de um suposto crime de guerra — a deportação forçada de centenas de crianças ucranianas após a invasão iniciada em 2022 .
• O Brasil é signatário do Estatuto de Roma, adoção da jurisdição do TPI em 2002, o que obriga o país a executar mandados de prisão internacionais ().
O que disse o Kremlin?
• O assessor Yuri Ushakov afirmou que “Putin não se arriscará” e que Brasília não deu garantias legais suficientes para permitir sua visita .
• Ele destacou que Putin participa por videoconferência, sem pisar em solo brasileiro .
Histórico de ausências
• Em 2023, Putin já havia não comparecido à cúpula dos BRICS na África do Sul também pelo risco de apreensão .
• Em 2024, evitou a cúpula do G20 no Rio de Janeiro por lógica semelhante, apesar de ter sido convidado por Lula .
Impactos políticos
• A ausência dele reforça a tensão diplomática entre o Ocidente e Rússia, e evidencia o poder e a influência do TPI sobre líderes acusados de crimes de guerra.
• A participação virtual busca mostrar que a Rússia continua no grupo, mas sem confrontar as limitações legais internacionais atuais.
O que vem a seguir?
• Embaixador Lavrov representará o Kremlin fisicamente no evento.
• O TPI continua avaliando casos de transferência ilegal de crianças ucranianas, e novas ações judiciais podem surgir.
• A presença virtual de Putin mantém a Rússia no debate, mas reduz seu impacto diplomático presencial.