Início Colunistas Bondade Divina e a Fragilidade Humana: Uma Reflexão sobre Escolhas e Fé

Bondade Divina e a Fragilidade Humana: Uma Reflexão sobre Escolhas e Fé

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Por esses dias contratei o serviço de um senhor que passou na rua pedindo ajuda.

Decidi compartilhar com ele o que tinha e ele, agradecido, sugeriu tirar o mato que estava na minha calçada e eu perguntei se ele poderia limpar o mato na parte interna da casatambém, mas eu iria pagar pelo serviço.

 Ele concordou, feliz pela oportunidade de trabalhar e ser pago. Fiquei feliz com essa providência, porque precisava mesmo fazer uma limpeza no quintal. Ok. Combinamos que na terça, logo pela manhã, ele viria e faria conforme o combinado. 

Chegou a terça e ele veio. Não no horário combinado, mas umas duas horas depois. Começou o trabalho e parecia ir tudo bem. Até que o vi chorando. Perguntei o porquê de eleestar chorando ao que me respondeu estar com uma neta querida internada no hospital infantil e ela o estava chamando. Compadeci-me e o liberei com a promessa de que ele estaria no sábado em minha casa. Adiantei o pagamento (eu sei, não se faz isso, mas eu estava compadecida deles e pensei que como ele viria no outro dia, por que não adiantar o dinheiro até mesmo para ele pegar o ônibus e ir ver a neta no hospital?).

O fato é que amanhã fará uma semana do combinado e nem sombra dele! Meu sobrinho e filho perguntaram quando o homem viria para terminar o serviço. Respondi que não sabia, ainda tenho esperanças que ele cumpra o prometido (sim, liguei para o número que me deu e nada dele atender). Ao que meu filho e sobrinho perguntaram, quase ao mesmo tempo: “A senhora adiantou o dinheiro?”  Eles caíram na gargalhada quando disse que sim. 

Podem imaginar o quanto eles riram de mim, disseram que fui feita de boba, e até me deram lição de que ainda que alguém chorasse perto de mim, não era para pagar, porque assim pensariam que sou besta (boba), e fácil de ser enganada. E, para terminar de tripudiar que a mãe de quase 45 anos, na altura do campeonato, foi enganada, eles disseram: “Não se paga por serviço incompleto. A senhora mesma nos disse isso várias vezes!”  Eu, como humana que sou, estava quase ficando zangada por ter uma fraqueza minha sendo motivo de risos, joguei a cartada: “Sou humana, sou falha, errei. Mas se o vir na rua de novo, farei com que limpe o quintal.”  Eles riram e me deixaram em paz. Mas sempre que lembram, balançam a cabeça em negativa, incrédulos, olham para mim e riem. 

Na cabeça deles sou boba porque agi com o coração, me comovi com as lágrimas que, confesso, ainda acredito serem verdadeiras. Não sei o que houve com aquele senhor, mas decidi manter o coração com esperança de que ele cumpra sua promessa. Para meu filho e sobrinho, fui feita de tola porque demonstrei um pouco de bondade e, para esse mundo, pessoas aparentemente boas (não sou boa, e se existe algo de bom em mim, vem de Deus, porque Ele que é bom) são fracas e manipuláveis.

E isso me fez pensar sobre Deus. E em como trazemos o conceito humano de bondade de forma distorcida, para o relacionamento com o Eterno. Agimos confiando nessa bondade eterna e inesgotável como se Ele tivesse a obrigação de sempre nos responder da forma que entendemos a bondade: sempre do meu jeito, no meu tempo e como quero. E é como se Deus deixasse de ser o soberano para ser a “tia boba” que não consegue ler nas entrelinhas e acaba sendo manipulado para fazer conforme o nosso querer. E quando isso não acontece, ficamos zangados com Deus.

Em Salmos 25, versículo 8 diz que “Bom e justo é o Senhor; por isso mostra o caminho aos pecadores”.  E no Salmos 100, versículo 5 diz: “Pois o Senhor é bom e o seu amor leal é eterno; a sua fidelidade permanece por todas as gerações.”  Sim, podemos mesmo entender por esses versículos que aquela expressão “Deus é bom o tempo todo. Em todo tempo, Deus é bom” é verdadeira. E, graças a quem Deus é, muitos pensam que por isso, não devemos sofrer, passar por dificuldades ou por doenças, guerras e afins; como se não fôssemos diretamente responsáveis por tudo o que ocorre ao nosso redor. 

Assim, gostaria de compartilhar com vocês, caros Leitores, o que entendo sobre a bondade de Deus:

1. Deus é Bom, em todo tempo Ele é Bom. Ele é amor e justiça

2. Deus é Misericordioso. 

3. Deus é Justo. Por ser justo Ele não recompensa quem é mal e age de forma contrária à Sua Palavra. Porém, diferente de nós, Ele perdoa quem se arrepende e volta de seus maus caminhos. E por Ele ser Bom, Misericordioso e Justo, Ele nos deu o livre arbítrio, o qual está diretamente relacionado com causa e consequência. Por exemplo: decidimos pecar, como consequência, veio a morte, a doença, a maldade. 

E, sim, Deus é tão Bom, Misericordioso e Justo que, mesmo a gente vivendo a consequência do pecado, se nos arrependermos, Ele nos perdoa, nos restaura e nos faz viver em novidade de vida. 

Não devemos confundir nossos conceitos de bondade e permissividade com a bondadede Deus. Ele nos dá livre arbítrio e somos responsáveis por nossas escolhas. No entanto, os pensamentos de Deus a nosso respeito são de paz. Somos nós que decidimos viver longe de Deus. E depois queremos culpá-lo como meninos mimados?

Sejamos responsáveis!  Estamos aqui só de passagem. Mas Deus continua sendo Deus Bom, Misericordioso, Justo, Eterno, Fortaleza e Refúgio certo aos que o buscam. A vida é passageira, mas a eternidade é para sempre. Escolha viver a eternidade com Deus, em vida, porque depois da morte, nada poderemos fazer. Eu sem Deus não sou NADA. Mas Deus sem mim, continua sendo Deus. 

Graça e Paz de Cristo Jesus.

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