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Eduardo Bolsonaro sugere que brasileiros deportados ligados ao PCC sejam enviados para presídio de El Salvador

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“Vou pedir para que os responsáveis pelas deportações aqui nos Estados Unidos, pelo governo Trump, brasileiros que são ligados com facções criminosas como o PCC, sejam encaminhados para o megapresídio de El Salvador.”

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) gerou polêmica ao declarar, em vídeo divulgado recentemente, que pretende solicitar ao governo dos Estados Unidos que brasileiros deportados por envolvimento com facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC), sejam encaminhados ao Centro de Confinamento do Terrorismo (CECOT), o megapresídio de segurança máxima em El Salvador.

A proposta foi feita durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, na qual Eduardo Bolsonaro afirmou:

“Vou pedir para que os responsáveis pelas deportações aqui nos Estados Unidos, pelo governo Trump, brasileiros que são ligados com facções criminosas como o PCC, sejam encaminhados para o megapresídio de El Salvador.”

O CECOT, inaugurado em 2023 pelo presidente salvadorenho Nayib Bukele, é conhecido por abrigar membros de gangues como a MS-13 e Barrio 18. Desde a implementação do estado de exceção em março de 2022, mais de 75 mil pessoas foram presas no país, o que representa cerca de 2% da população adulta. Organizações de direitos humanos, como a Human Rights Watch e a Anistia Internacional, denunciam abusos graves, incluindo detenções arbitrárias, maus-tratos físicos e psicológicos, e a negação de acesso a advogados e ao devido processo legal. 

A declaração de Eduardo Bolsonaro ocorre em meio a investigações no Brasil sobre sua atuação política no exterior. O deputado está licenciado do mandato e reside nos Estados Unidos desde fevereiro de 2025. Ele é alvo de representações na Procuradoria-Geral da República (PGR) por supostamente conspirar com parlamentares de extrema direita estadunidenses para aplicar sanções ao Brasil e ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). 

A proposta de Eduardo Bolsonaro foi criticada por especialistas em direitos humanos e por parlamentares da oposição, que a consideram uma tentativa de transferir responsabilidades brasileiras para outros países e uma afronta aos direitos fundamentais dos cidadãos.

Até o momento, não há informações sobre a resposta do governo dos Estados Unidos ou de El Salvador à sugestão do deputado.

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