O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva registrou um recorde de gastos com viagens oficiais em 2025. Somente no primeiro trimestre, entre janeiro e março, foram desembolsados R$ 789,1 milhões com diárias, passagens e locomoção de servidores e autoridades — o maior valor da série histórica iniciada em 2011 .
Desse total, R$ 449,1 milhões foram destinados a diárias (alta de 26,1% em relação ao mesmo período de 2024), enquanto R$ 340 milhões envolveram passagens e transporte — montante 33,4% superior ao registrado no trimestre anterior .
Além disso, as missões internacionais consumiram R$ 61,7 milhões só em 2025 . Estes valores, que já superam os R$ 600 milhões mencionados, acendem debates sobre a necessidade e eficiência desses deslocamentos no governo.
Especialistas questionam se a era digital — com reuniões virtuais e sistemas online — não poderia reduzir a dependência de viagens, especialmente diante de restrições orçamentárias e prioridades econômicas. O incremento nos custos também está associado à ampliação da estrutura ministerial, que passou de 23 para 38 pastas desde 2023 .
Em termos históricos, o governo Lula já gastou mais em viagens em apenas dois anos (R$ 4,58 bilhões até fevereiro de 2025) do que o total da gestão anterior, de quatro anos do governo Bolsonaro (R$ 4,15 bilhões) .
À medida que o portal da Transparência retoma o monitoramento sistemático das despesas, críticos reforçam a necessidade de revisão dessas práticas, sobretudo em tempos de pressão fiscal e alta demanda por serviços públicos.
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