A Prefeitura de Goiânia anunciou a criação de um gabinete de crise para lidar com os danos provocados pelas fortes chuvas que atingiram a cidade.
O novo órgão funcionará ao lado do Estádio Serra Dourada, em parceria com a Defesa Civil do Estado de Goiás, e terá como objetivo atuar em emergências e promover soluções definitivas, como obras de drenagem para minimizar os impactos das enchentes.
O anúncio foi feito na quarta-feira (15), destacando que a Marginal Botafogo, uma das principais vias que corta Goiânia de norte a sul, é um ponto crítico devido aos frequentes alagamentos. Na última terça-feira (14), parte do muro de contenção da via desabou após as intensas chuvas. No mesmo dia, uma mulher foi flagrada tentando resgatar seu carro preso em uma área alagada, evidenciando o risco causado pelos temporais.
Alerta meteorológico e precauções
De acordo com André Amorim, gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas (Cimehgo), pluviômetros instalados em pontos estratégicos, como Câmara Municipal, Praça do Avião e Jardim Mariliza, permitem a emissão de alertas rápidos sobre as chuvas, auxiliando na tomada de decisões para evitar tragédias.
O prefeito de Goiânia reforçou o pedido para que a população evite sair de casa durante as tempestades. Ele orientou que, em caso de deslocamento inevitável, as pessoas procurem abrigo seguro e evitem se expor a situações perigosas, como áreas alagadas.
Recorde de chuvas em Goiânia
Entre as 9h do último domingo (12) e o mesmo horário da segunda-feira (13), a capital registrou o segundo maior volume de chuva da sua história, com 135,5 mm de precipitação, segundo dados do Climatempo e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). O maior volume de chuvas em 24 horas foi registrado em dezembro de 2005, com 136,6 mm.
No cenário nacional, a marca registrada em Goiânia é a segunda maior deste ano, ficando atrás apenas de Unaí, em Minas Gerais, que registrou 162,1 mm entre os dias 8 e 9 de janeiro.
