
PGR abre investigação contra Eduardo Bolsonaro e STF, com aval de Moraes, assume caso que pode abalar o núcleo bolsonarista.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) abriu um inquérito contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. O pedido foi acolhido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e o ministro Alexandre de Moraes, conhecido por suas decisões duras contra aliados do bolsonarismo, foi designado para conduzir a investigação.
A abertura do inquérito aprofunda o embate entre o Judiciário e o campo conservador brasileiro, já que Eduardo é uma das vozes mais influentes e combativas em defesa do legado de seu pai. O conteúdo da investigação ainda não foi divulgado em detalhes pela PGR, mas fontes indicam que se trata de declarações públicas feitas pelo parlamentar que podem ter infringido a ordem constitucional ou ameaçado instituições democráticas.
Alexandre de Moraes, que já comanda outros processos contra aliados do ex-presidente — incluindo Jair Bolsonaro —, agora centraliza mais um caso envolvendo o clã político. Críticos do Supremo denunciam perseguição e uso político da Justiça para intimidar adversários. Já os defensores das ações alegam que o Estado democrático de direito precisa ser protegido de discursos radicais e tentativas de desestabilização institucional.
O deputado reagiu à decisão com ironia e indignação nas redes sociais, insinuando que a investigação é mais uma tentativa de “calar os conservadores”. Parlamentares da oposição classificaram o inquérito como “mais uma arbitrariedade” do STF. Por outro lado, juristas e congressistas alinhados à esquerda consideraram a investigação “necessária” para conter abusos cometidos sob o pretexto da liberdade de expressão.
A tensão entre Poderes se acirra num momento político delicado, com as eleições municipais se aproximando e a pauta bolsonarista ganhando força nas redes. A presença de Alexandre de Moraes no caso promete ainda mais repercussão, dada sua trajetória de confrontos diretos com os principais nomes da direita nacional.
A expectativa agora é que a PGR apresente, nas próximas semanas, os elementos que justificam a abertura do inquérito. Caso o deputado seja denunciado formalmente, o STF terá a palavra final sobre o prosseguimento da ação penal.
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