É interessante observar como é desconfortável olharmos para nós mesmos, avaliarmos nossos pensamentos, posicionamentos, atitudes e ações. Esse desconforto surge porque esse olhar interno expõe nossa fragilidade, nossa humanidade. E isso, naturalmente, não é algo confortável, mas é necessário.
Avaliar a nós mesmos é indispensável para identificarmos aquilo que precisa ser corrigido e, muitas vezes, mudar o curso que pode estar nos afastando do propósito de Deus ou até mesmo do sucesso pessoal. Esse processo, no entanto, gera desconforto porque nos confronta com a realidade de que precisamos de ajuda em determinadas áreas. E pedir ajuda, na maioria das vezes, não é algo fácil ou confortável.
É muito interessante que o apóstolo Paulo nos exorte a essa prática de autoavaliação. Ele sabia o quanto é essencial para o nosso crescimento espiritual e pessoal. Jesus também nos traz uma reflexão importante: Ele disse que veio para os enfermos, não para os que se consideram sãos. Isso nos lembra que sempre há algo em nossas vidas que precisa ser curado ou restaurado.
Se não tomamos consciência dessa necessidade de mudança, é como se disséssemos: “Jesus, está tudo bem, eu não preciso de nada.” Quando, na verdade, sempre há algo em que precisamos crescer ou melhorar. A vida é uma caminhada, e devemos dar passos subsequentes para o nosso desenvolvimento, seja espiritual, pessoal ou humano.
Sem essa consciência, sem essa autoavaliação sincera, corremos o risco de ficarmos estagnados, presos em ciclos de situações repetitivas. Avaliar-se é o início de um processo de transformação que nos aproxima do nosso propósito e da vontade de Deus para nossas vidas.
Por mais desconfortável que seja, é esse confronto interno que nos permite crescer e avançar. Afinal, é na nossa fragilidade que encontramos a força de Deus para sermos renovados e moldados.