O anúncio do governo Trump de impor tarifas de 25% sobre todos os produtos do Canadá e do México a partir de 1º de fevereiro pode impactar significativamente os preços de gasolina e alimentos nos Estados Unidos.
Especialistas alertam que os custos para os consumidores podem disparar, afetando desde combustíveis até itens essenciais como tomates e abacates.
Gasolina Pode Subir até US$ 1 por Galão
Aumento nos Preços de Alimentos Importados
Canadá e México representam 70% das importações de petróleo bruto dos EUA, insumo essencial para a produção de gasolina. Com a tarifa, os motoristas de regiões como o Meio-Oeste e partes das costas Leste e Oeste podem enfrentar aumentos de 40 a 70 centavos por galão. Além disso, a chegada da primavera, período de maior consumo de combustível, pode adicionar mais 30 centavos ao preço, elevando o aumento total para US$ 1 por galão.
Os EUA importaram US$ 38,5 bilhões em produtos agrícolas do México em 2023, incluindo US$ 3 bilhões em frutas e vegetais frescos. Cerca de 90% dos abacates consumidos no país vêm do México, assim como grande parte dos tomates, pimentões, limões e mangas. A dificuldade de substituir essas importações pode levar a um aumento expressivo nos preços desses alimentos.
O setor de bebidas alcoólicas também pode ser impactado, já que os EUA importaram cerca de US$ 26 bilhões em cervejas, tequilas e outros destilados mexicanos em 2022.
Setor Automotivo e Eletrônicos Também Sofrerão Impacto
Além dos combustíveis e alimentos, a indústria automotiva pode ser fortemente afetada. Canadá e México são os dois principais parceiros comerciais dos EUA para veículos e peças automotivas, representando quase metade das importações do setor. Com as tarifas, consumidores podem ver os preços dos carros novos e usados subirem significativamente.
Impacto Ainda Incerto
Embora os efeitos das tarifas sejam potencialmente severos, especialistas apontam que empresas ao longo da cadeia de suprimentos podem absorver parte dos custos. Além disso, Trump já utilizou tarifas como estratégia de negociação em ocasiões anteriores, o que gera incerteza sobre a real implementação das medidas.
Enquanto isso, consumidores devem se preparar para possíveis aumentos nos preços de gasolina, alimentos e bens essenciais nas próximas semanas.
